Produção da escola pública contemporânea.

A educação na pós-revolução industrial veio para não deixar a grande massa se degenerar e ficarem sem ter o que fazer, pois, praticamente, todas as crianças eram usadas nas industrias e minas de carvão com seu trabalho.
O desenvolvimento da tecnologia começava a liberar mão de obra das indústrias, ao mesmo tempo em que a leis eram produzidas em meio às lutas entre capitalistas e trabalhadores obrigava os empregadores a financiarem a escolarização das crianças trabalhadoras e a reduzirem sua jornada de trabalho.
Como as máquinas estavam tomando conta das indústrias e o parlamento britânico aprovando leis para que não fossem mais usadas a criança nas indústrias, a “criança de fábrica” já não era mais de fábrica, e sim, da escola.
A escola não era mais uma forma de “depósito de crianças”, pois ela estava mudando, começou a se construir a partir de uma visão social, não mais atendendo apenas os filhos da nobreza e dos burgueses, mas também atendendo os filhos dos empregados, ex-empregados e a todos os cidadãos. Essa nova forma de escola se molda em uma nova forma de educação, de transmitir o conhecimento, conhecido como escolanovismo.
O ideal da escola seria o de libertar o aluno da tutela do adulto para o colocar sob a tutela da própria consciência moral. Na prática, deveria existir um modelo escolar no qual se confiaria aos alunos a disciplina e o seu funcionamento. Defendia o desenvolvimento do trabalho escolar no sentido de permitir ao aluno a passagem daquilo que denominava de autoridade consentida (quando a criança recebe a matéria prima dos seus juízos e forma hábitos) para a autonomia crescente.
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