O Século XIX e a educação nacional


Com os conhecimentos que estavam sendo introduzidos nas escolas, apareceram novas formas de produção na agricultura, aumentando a produtividade. Dá-se também uma evolução no transporte, rodovias, ferrovias e barcos a vapor. As novas fontes de energia, como a eletricidade, deixando o carvão de lado. Isso tudo faz com que haja um grande êxodo da população do campo para a cidade.
O aumento da produção altera o capitalismo liberal, que abandona a livre concorrência para se tornar o atual capitalismo, monopolizado, com formação dos trustes, poderosos e igualmente forte com o monopólio dos bancos da época.
O capitalismo se expande dando início ao imperialismo colonialista, pelo fato de irem atrás da busca pela matéria-prima e visando garantir mercado para absorção do excedente da indústria que não parava de crescer desenfreadamente. Os países ricos como Inglaterra e Alemanha foram os que tomaram conta de Ásia e África com colônias.
Os movimentos dos trabalhadores se intensificam neste momento, pois eles se inspiram nas ideologias críticas do liberalismo burguês, como o socialismo utópico, o anarquismo e o socialismo científico dos grandes nomes da época e pelo contraste entre a riqueza e a pobreza, que é exorbitante nessa época.
A educação no momento estava saindo de uma coisa política e se tornando uma coisa social, para ajudar aquelas ex-crianças de fábrica. Houve uma grande expansão na rede escolar e o surgimento da pré-escola, continuava a dicotomia entre os burgueses e trabalhadores e apareceram também as escolas politécnicas e normais.
Iniciou-se uma guerra pela educação entre a igreja e o estado, pois a igreja dava uma educação voltada para a religiosidade, não tinha o foco em instruir as crianças para o mundo real, eles usavam a ela como um processo de restauração do homem, para ter a salvação, e o estado não queria isso, para ele a educação tinha que ser laica e com a nova moral burguesa, voltada para que a criança aprendesse coisas que eram apenas ensinadas para os filhos dos grandes chefes da época. A intenção era deixar a educação unificada, tanto a educação ficou dividida em dois modelos:
Modelo de Pestalozzi: ele defendia que a educação tinha que ser de acordo com sua classe social.
Modelo de ensino mútuo: educação técnica e humanista.
A igreja reagia com o avanço das ideias liberais e laicas. pois ela estava ficando cada vez mais fraca, sem poder, sem meios de criar os homens como queriam. Dom Bosco pegava que a criança era um “triste e ridículo objeto de zombaria nas mãos do espirito maligno” (Dom Bosco apud MANACORDA, 1966, P.295). Ela não ia de acordo com o que Marx pregava sobre a educação: Ensino intelectual (quando surge a Ciência), educação física (homem integral) e adestramento tecnológico (produção material).
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