quarta-feira, 17 de junho de 2015

A educação no Império.

Esse período foi determinado pelas grandes transformações que ocorreram no século XVIII. A Inglaterra com sua enorme evolução econômica e a França lutando com outros países, sob o comando de Napoleão Bonaparte, para ter o A domínio de terras. Portugal foi atacada por conta dessa ambição de Bonaparte, e isso fez com que a família real entrasse em crise e fugisse para o Brasil. Com presença da corte portuguesa no Brasil fez com que os portos fossem  abertos aos comércios exteriores, acabando com o monopólio português.
 E assim, em 1822, o Brasil torna-se um pais independente, com base em acordos
políticos de interesse da classe dominante, composta pela camada senhorial brasileira, que estava em sintonia com o capitalismo europeu.
Criaram-se também escolas de ensino superior por conta da presença da família real, como a Academia Médico-cirúrgica da Bahia (1808) e Academia Médico-cirúrgica do Rio de Janeiro (1809).

Após a declaração de independência, surge a 1º constituição brasileira em 1824.

Na parte da educação, essa constituição dizia que “a instrução primária é gratuita para todos os cidadãos”. Em 1827 foi criada também uma lei voltada para a educação. “Haverá escolas de primeiras letras que forem necessárias em todo território nacional”. 

Isso era o que estava escrito no papel, e que na prática, foi totalmente diferente pois não havia o interesse do estado em cumprir essas leis por uma série de fatores, alguns deles seria pelo fato de que isso deixaria os escravos (Brasil ainda era um pais em regime predominantemente escravocrata) mais “inteligentes” e faria com que os senhores ficassem sem mão de obra barata e que o escravo não era considerado cidadão. Devido a esses acontecimentos foram criadas também as escolas particulares.

Devido ao total descaso do estado com a educação (falta de materiais, baixo salário dos professores, falta de espaço apropriado e etc.) e tentando suprir a falta de professores, foi instituído  o método Lancaster, (Ensino mútuo) onde um aluno treinado era quem ensinava a um grupo de alunos, sob vigia de um inspetor.

Também foi decretado no projeto constitucional que “terá igualmente cuidado de criar estabelecimentos para a catequese, civilizar os índios, emancipação lenta dos negros, educação religiosa e industrial”. O liberalismo e o conservadorismo andavam de mãos dadas nessa época.

Com a intenção de recuperar a educação, em 1834 foi decretada de que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário. Devido a isso, em 1835 foi criada a primeira escola normal, em Niterói, RJ, que também falhou.


Entre 1835 e 1889, surgiram duas reformas na tentativa de mudar o cenário educacional do pais, a reforma Couto Ferraz, que impôs a obrigatoriedade do ensino e professores adjuntos substituiriam as escolas normais, e a reforma Leôncio de Carvalho, que tinha o lema “salvação pela educação” onde obrigava que houvesse o ensino primário dos 7 aos 14 anos e o fim da proibição da não matrícula de escravos em escolas por serem escravos.


No final do Império, o quadro geral do ensino era de poucas Instituições Escolares, com apenas algumas escolas de segundo grau em províncias nas capitais, colégios privados bem instalados nas principais cidades, cursos normais de baixa qualidade para a necessidade requerida no momento. Alguns cursos superiores quem garantiam o projeto de formação (médicos, advogados, de políticos e jornalistas). Isso identificava o grande abismo educacional entre a maioria da população brasileira que, quando muito, tinham uma casa e uma escola, com uma professora leiga para ensinar os pobres brasileiros excluídos do interesse do governo Imperial.

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