quarta-feira, 17 de junho de 2015

                           A educação diante do avanço neoliberal.
 O neoliberalismo foi uma ideologia econômica que emergiu entre acadêmicos liberais europeus na década de 40 voltada para as exigências de um Estado regulador e assistencialista.

Na anos 60 passou a defender a liberdade de mercado e restrição a intervenção do Estado sobre a economia com o  objetivo de criticar as politicas de liberação econômicas como as privatizações. O Neoliberalismo seria a retomada dos autores clássicos, foi "reinventado" em 1970 com a crise do capitalismo.

No Brasil, o Neoliberalismo, ganhou força com o  ex-presidente Fernando Collor de Melo e depois foi adotado abertamente nos dois governos consecutivos do ex- presidente Fernando Henrique Cardoso. Em seus dois mandatos presidenciais houve várias privatizações de empresas estatais. Muito do dinheiro arrecadado foi usado para manter a cotação da nova moeda brasileira, o Real.

Os governos dos "Fernandos" de orientação neoliberal, caracterizaram-se por uma politica educativa incoerente e um “descompromisso do Estado” no setor, com um papel crescente da iniciativa privada e das organizações não-governamentais (SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1996)

Como observa  (FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 1990), a tese central doneoliberalismo é de que o setor público (o Estado) é responsável pela crise, pelos privilégios e pela ineficiência. O mercado e o setor privado são sinônimos de eficiência, de qualidade e de equidade. A solução torna-se, então, o Estado mínimo e a necessidade de questionar todas as conquistas sociais, como a estabilidade de emprego, o direito à saúde, à educação e aos transportes públicos. O Estado deve ser reduzido a uma proporção mínima, apenas necessária para a reprodução do capital.



No início do século XX duas formas de organização de produção industrial provocaram mudanças no ambiente fabril: o taylorismo e o fordismo. Esses dois sistemas visavam à imaginação extrema da produção e, consequentemente à maximização da produção e do lucro. Tanto o taylorismo quanto o fordismo tinham como objetivos ampliar a produção em um curto espaço de tempo e aumento dos lucros  O sucesso desses dois modelos fez com que várias empresas adotassem as técnicas desenvolvidas por Taylor e Ford.
Na década de 1980, o fordismo/tayolismo entrou em declínio com o surgimento de um novo sistema de produção mais eficiente. O toyotismo, surgido no Japão, seguia um sistema enxuto de produção, aumentando a produção, reduzindo custos e garantindo melhor qualidade e eficiência no sistema produtivo.

Na década de 90, a visão "aprender a aprender" se propagou amplamente como podemos constatar no "Relatório Jacques Delors" que foi publicado pela UNESCO em 1996.A visão deste relatório foi assumida como politica do Estado para servir de referencia á montagem dos currículos de todas as escolas do país.

A retórica neo constutivista defende a experiência dia a dia, a formação de um professor reflexivo.



Pedagogia tecnicista 

A partir do pressuposto da neutralidade científica e inspirada nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade, a pedagogia tecnicista advogou a reordenação do processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e operacional. De modo semelhante ao que ocorreu no trabalho fabril, pretendeu-se a objetivação do trabalho pedagógico. Buscou-se, então, com base em justificativas teóricas derivadas da corrente filosófico-psicológica do behaviorismo, planejar a educação de modo a dotá-la de uma organização racional capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem pôr em risco sua eficiência. 

Se na pedagogia tradicional a iniciativa cabia ao professor e se na pedagogia nova a iniciativa deslocou-se para o aluno, na pedagogia tecnicista o elemento principal passou a ser a organização racional dos meios, ocupando o professor e o aluno posição secundária.


 A organização do processo converteu-se na garantia da eficiência, compensando e corrigindo as deficiências do professor e maximizando os efeitos de sua intervenção.(verbete elaborado por Demerval Saviani em http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_pedagogia_tecnicista.htm).


  
 Exclusão includente: exclusão do trabalhador do mercado informal, incluindo -o no mercado formal com redução de salários e direitos.

Inclusão excludente: sem padrão de qualidade pois inclui o aluno no sistema escolar em diferentes níveis.

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